Certas coisas, por algum motivo não explicado foram feitas
para acontecer. E acontecer não significa dar certo ou errado, acabar bem ou
mal, ou simplesmente não acabar. Só acontecem. E vivo nessa incessante busca do
porque, do qual o sentido, a razão, e o motivo para “essas” certas coisas. Mas percebo que talvez, nunca entenda, ou se
entender será daqui um tempinho, e sem questionamentos. Quando minha maturidade
estiver um pouco mais aflorada, acho que ela poderá me permitir enxergar de um
modo claro, o que antes tanto me causou dúvida. Mas seja como for, certas
coisas vem e vão, e a maioria delas gostaria de nunca deixar ir, porque se tem
algo com que tive de aprender a conviver, é a saudade, e aprender a conviver
não significa aceitar ou não se importar em sentir, que isto fique bem claro. E
essa saudade mostra que quando certas coisas vão embora, fica faltando um
pedacinho...será que é porque cada coisinha que acontece, preenche algo diferente
da gente? E é por isso que nada nunca é igual? Talvez seja, e se assim for,
nunca me livrarei desse sentimento de falta, nunca nos livraremos de em alguns
dias deitar a cabeça no travesseiro e pensar em tudo o que já aconteceu, e
todos que já aconteceram na gente, nem eu e nem você. Sempre terá aquele famoso
aperto no peito de vez em quando, aquele que me faz fechar os olhos bem firmes
e esperar a lágrima rolar, e por fim, respirar bem fundo (já que aprendi que
respirar fundo sempre ajuda). E se esse for o preço dos acontecimentos, se esse
for o preço de todas “aquelas" certas coisas tão incríveis que já aconteceram, mesmo
as que acabaram, as que ficaram pelo caminho. Aceito de bom grado, pois seja
como for, o que importa mesmo, é que com saudade ou não, tenho do que lembrar e
coisas bonitas para contar.
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